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“Finalmente chegamos ao pico da montanha. Estávamos cansados,
estava escuro e frio naquela noite. A luz da lua não clareava nada em nossa
frente e ficávamos apenas com o sinal esverdeado dos visores que usávamos. No
topo podíamos ver uma luz amarelada, piscava como se fosse queimar a qualquer
momento pendurada numa entrada de uma caverna aparentemente abandonada, exceto
pelo fato de ainda ter uma lâmpada acesa… Olhei para K32 e fizemos sinal de que
era seguro entrar e dar uma olhada, era possível que ali estivesse escondido o laboratório
do doutor Juarez. Demos um ou dois passos em direção à entrada e como que do
nada um homem, ou androide não sei, salta de dentro da caverna e para a menos
de três metros de nós dois.
Usava um capacete preto como parte da sua armadura e a
viseira possuía um circulo roxo brilhante no centro. Da nuca dele podíamos ver
os cabos de conexão descendo e entrando nas suas costas. Uma ombreira em forma
de escamas descia do ombro para o cotovelo. Portava duas espadas, catanas pelo
formato, estavam embainhadas no lado direito e usava roupas de samurai por
baixo. Estávamos parados sem saber exatamente o que fazer e quando pensamos que
ele diria alguma coisa se posicionou para nos atacar. K32 arrancou uma pistola
que sempre carregava e se preparou para o pior.
O androide, antes mesmo que K32 apontasse a arma para ele,
em um movimento quase único, entrou na quarta camada em nossa direção como que
na velocidade da luz, uma das espadas estava presa nas ferragens do braço do
K32 que conseguiu quase que por sorte acertar a cabeça do androide e enquanto
faíscas saiam de dentro do capacete notei que a outra espada estava molhando o
chão com sangue… meu sangue sendo salpicado pelo chão…”
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